domingo, 25 de maio de 2008

O VENTO NOS SALGUEIROS

Após leitura, pela professora Helena, do capítulo I de "O Vento nos Salgueiros" (ainda sem aventura, como disseram os meus alunos), propus-lhes que escrevessem uma história colectiva com as personagens já conhecidas.

HISTÓRIA COLECTIVA
Num dia em que caíam lágrimas das nuvens, o sapo Roberto saltitava de nenúfar em nenúfar, enquanto cantava:

“ Eu não vou murchar
Eu não vou cair
E para isto festejar
Eu não páro de coaxar.”

Splash!... O rato Gonçalo, furando a água com fúria, acabara de cair no lago, pertinho da margem, enquanto sentia um arrepio pela espinha acima.
Ao ouvir tamanho estrondo, o sapo, muito preocupado, atirou um nenúfar ao rato e disse-lhe:
- Tem calma! Não te assustes! Salta para cima do nenúfar!
Muito aflito, o rato agarrou-se com “patinhas e dentes”, acreditando que a sua alma o podia ajudar. E assim aconteceu. O ratinho Gonçalo, muito emocionado e com uma lagrimazinha a correr, agradeceu ao sapo Roberto. Abraçados, saíram do lago.
Ao longe, de uma onda de lama e de folhas, surgiu o toupeira Rezingão. O rato Gonçalo, muito espantado, exclamou:
- Que horror! Deves ser de outro planeta!
- Claro que sou, seu tonto! No meu planeta é época de Carnaval.
- E qual é o teu planeta? – perguntaram os dois amigos em coro.
- Que patetas! Não vêem que eu sou o vosso amigo toupeira, todo sujo? E tu, rato pálido, não me reconheceste?
Uma música começou a soar, enquanto conchas dançavam no ar, deixando cair pérolas de amizade.
Com os olhos brilhantes, os três animais ficaram enfeitiçados na teia da amizade. Nas ondas da música, chegaram a um bosque e… quebrou-se o feitiço.
- Onde estamos? – interrogou o toupeira de olhos completamente esbugalhados.
- Não importa, este lugar é maravilhoso, deslumbrante, acarinha-me, está cheio de vida… só pode ser um bosque. – disse o sapo com o seu coaxar mavioso.
E uma voz, vinda não se sabendo de onde, segredou-lhes:

“A POESIA CHAMA POR VOCÊS”

O bosque manda gritos de chilreios
e pula de pedra em pedra
sem poder olhar para trás
iluminando folha a folha
sem que aclare o sol
e esbranquiçando a terra.
Daniela Geadas


As florestas são as asas do sol
são as cores verdes a brilhar
são a lua a cantar
são os rios a saltitar.
A floresta sonha vida
e o bosque sonha liberdade.
Floresta não é floresta,
floresta sou eu, verde sapo.
A floresta tem animais,
eu cá só tenho o rato e o toupeira
e sabe-se lá se alguma vez
vão fazer asneira.
Daniel
EB1 Av. Heróis do Ultramar
Rita Carrapato

2 comentários:

Anónimo disse...

Muito bonito! Vocês fazem-me sonhar...
beijinhos
professora Fátima

Anónimo disse...

Esses poemas sao muito lindos e muito criativos.


GABRIELLE