terça-feira, 29 de julho de 2008
O MAR
e quando vêm aquelas tempestades enormes
ele fica nervoso
como um rei exaltado.
Mas… com a companhia da brisa
o mar acalma e dorme em paz.
Débora Gomes - 4.º ano da EB1 Heróis do Ultramar
Rita Carrapato
terça-feira, 22 de julho de 2008
AS ÚNICAS PALAVRAS
que se conseguem expressar
vindas do coração
por uma pessoa prestes a afundar
num navio cheio de gente,
são palavras magoadas
que ferem e carregam
com o peso das acções
e que às vezes magoam
alguns sentimentos.
Carolina Martins - 4.º ano - EB1 Heróis do Ultramar
Rita Carrapato
sábado, 19 de julho de 2008
CARTA - FIM DE ANO
Entrega de diplomas e fitas
A mais linda prenda que podia receber: um livro de mensagens dos meus alunos
Outra prenda com sabor especial (os meus alunos sabem porquê): um vaso com sementes de magnólia
A prenda mais engraçada: uma t'shirt assinada por todos
Contrariando a perspectiva deste blogue, publico a carta que escrevi aos meus amigos alunos, porque ela espelha, não o dia da festa (porque foi secundária), mas a festa que vivemos durante dois anos.
Évora, 18 de Junho de 2008
Queridos alunos,
Fui ao meu terraço e vi a Lua. Lembrei-me de vocês e comecei outra vez a sentir saudades do que ainda tenho e, por isso, resolvi escrever-vos uma carta, para vos contar ou recontar algumas coisas muito bonitas que me aconteceram por vos ter conhecido.
Começo por vos falar de uma manhã de Setembro de 2006. Nessa manhã, não foi a primeira vez que vos vi. Mas foi primeira vez que senti os vossos olhitos desconfiados e ansiosos a tentar adivinhar como seria eu, mais uma professora que ia entrar na vossa vida.
Esse dia de Setembro foi muito inquietante e muito estranho para mim. Não vos sei dizer exactamente quando começou a acalmar este mar de estranhezas. Sei que me foram conquistando e que vocês foram, aos poucos e poucos, habitando o meu coração que, muitas vezes, quase rebentou de tanto sorrir.
Nesta caminhada doce de dois anos, feita de tantos encontros e desencontros, de dias cinzentos e de dias muito coloridos, fui aprendendo muito com vocês. Fui aprendendo com a vossa sabedoria, com a vossa irreverência de crianças e com as experiências tão diferentes de cada um de vocês. E aos poucos e poucos, e de mãos dadas, senti que nos fomos ligando por fios de alegria, de amizade, de ternura, de afecto e de grande partilha.
Partilhámos muito da nossa vida, da vida fora da escola. Desta partilha aprendemos a conhecer-nos melhor. Aprendi a perceber as vossas tristezas e preocupações, as vossas alegrias e as vossas euforias. Alguns de vocês aprenderam a conhecer-me tão bem, que sabiam ler nos meus olhos o que estava a sentir. Sinto-me muito feliz de vos ter mimado com palavras, com beijos, com abraços e com a minha grande ternura.
E vocês mimaram-me ainda mais! Vão-me acompanhar sempre esses mimos: os abraços, os beijos, os olhares ternos, os desenhos, as mensagens, tudo “prendas” que não seria capaz de trocar por nada. Umas estão guardadinhas no meu coração, outras enchem uma caixa de sapatos. Sei que irei visitar essa caixa sempre que sentir saudades do vosso carinho.
Obrigada por serem cúmplices dos meus sonhos e dos meus voos. Em vocês fui, muitas vezes, buscar forças para apagar alguns cinzentos que teimaram em pintar a minha vida.
No campo dos afectos, que mais podia ter? Julgo que mais nada e por isso, fui e sou muito feliz como professora. Sou uma professora e uma pessoa com muito orgulho de vocês.
Espero ter correspondido às vossas expectativas, aos vossos desejos, aos vossos sonhos de criança. Por alguma coisa menos boa ou menos justa, peço-vos, outra vez, muitas desculpas.
Relembro que podem sempre contar comigo, hoje e amanhã, para os vossos momentos bons e para os menos bons, porque vão tê-los.
Deixo-vos o último conselho de amiga “Lutem sempre por aquilo que desejam, não deixem morrer os vossos sonhos, cresçam por caminhos de amizade e de lealdade”.
Felicidades e muitos beijinhos da professora que vos adora,
Rita Carrapato
segunda-feira, 14 de julho de 2008
EU SOU A NOITE - POESIA
Eu sou a noite.
Digo para fecharem as persianas
e irem para as camas sonhar.
Cláudio Lourinho - 4.º ano da EB1 Heróis do Ultramar
Rita Carrapato
O AMOR É - POESIA
O amor é uma criança feliz
como um pássaro na natureza
feliz e contente
na Península Ibérica.
Eu sou feliz.
Com o amor
tiro as verdades do coração
e dou-as a todos.
Carolina Godinho 4.º ano da EB1 Heróis do Ultramar
Rita Carrapato
domingo, 13 de julho de 2008
HISTÓRIA - O RIO DO PEIXE VERMELHO
O rio do peixe vermelho
Um dia ele foi ao rio nadar. "Bog! Bog!" O menino viu bolhas na água e disse:
- Hum! Deve estar um peixe debaixo de mim!
O menino mergulhou tão fundo que encontrou uma casa feita de pedra. Ele olhou e entrou. O peixe que estava lá dentro disse:
- Bom dia menino! Queres brincar comigo?
- Sim! Adoro brincar com peixes. – disse ele entusiasmado.
O peixe levou o menino agarrado à sua cauda a todos os sítios do rio e perguntou:
- Estás a gostar?
- Sim! A adorar! – respondeu o menino.
Quando chegámos perto da minha casa perguntei-lhe:
- Como te chamas? E a tua espécie como se chama?
- O meu nome é Vermelhinho Aguarela Lindinho e a minha espécie é salmão! E tu, como te chamas?
- Eu, menino.
- Não tens nome, pois não?! – perguntou o peixe vermelho impressionado.
- Não, não tenho! – respondeu o menino.
- Não podemos ficar à espera. Amanhã de madrugada vamos ao poço mágico. – disse o peixe vermelho.
- O poço mágico? – perguntou o menino.
- Sim, o poço mágico.
- Mas o que é o poço mágico?
- Amanhã vais ver. - disse o Vermelhinho Aguarela Lindinho.
No outro dia, o menino foi para a margem onde o peixe já estava e perguntou-lhe:
- Como vamos lá chegar? E o peixe respondeu:
- Agarra-te à minha cauda.
Ele agarrou-se. O peixe era mágico e estalou as barbatanas e já estava lá. O peixe fez: “Bllrrl! Blrrrl Blrrl! Pé de cabra!” E perguntou à água do poço:
- Como se vai chamar o menino?
Na água apareceu o nome de João Manuel Almofada. O peixe deu-lhe um papel com o nome, leu e o menino disse:
- Ah! Que alívio! Tenho um nome.
- Vamos para a casa! – propôs Vermelhinho Aguarela Lindinho.
- Sim, vamos! – respondeu o menino que já tinha um nome e todo contente, lá foi para casa.
O João Manuel Almofada e o Vermelhinho Aguarela Lindinho nunca mais se separaram a vida inteira.
Margarida Cordeiro - 4.º ano da EB1 Av. Heróis do Ultramar
sábado, 12 de julho de 2008
A FOLHA DAS APARÊNCIAS
O amor é uma arca do tesouro
é uma folha,
uma folha de amor,
uma folha de desejos,
de felicidade e de carinho.
Por vezes,
a morte das nossas queridas folhas
é um desejo perdido.
A mágoa de uma folha
é tudo na vida.
Por isso,
a morte
é um terror perdido no olhar da vida
vida para aqui, vida para ali…
Andreia 4.º ano da EB1 Av. Heróis do Ultramar
Rita Carrapato
quarta-feira, 9 de julho de 2008
O VENTO NOS SALGUEIROS
invasores do grande solar
ficaram muito desorientados
ao ouvir um tal plano
contado por aquele que mais não era
senão o toupeira disfarçado.
Não sabendo o que fazer
cada um gritava e opinava
sem o outro querer saber.
Armou-se a confusão
berrando cada um para seu lado:
“Ó doninhas, suas madraças!
Venham daí, senão caímos em desgraça!”.
Enquanto isto…
Rato, texugo, sapo e toupeira
armados até ao focinho
enfiaram-se no túnel secreto
e puseram-se a caminho.
Pela calada da noite
no meio do escuro ronceiro
espetaram as orelhas
quando um estranho ruído
lhe zumbiu de mansinho.
Prevendo logo o perigo
desmaiaram de susto
sem saberem que, afinal,
aquele monstro lobisomem
era o seu toupeira amigo.
Recuperados de tamanha aflição
logo o plano alteraram.
não haveria armas,
não haveria mortes
não haveria pancadaria
pois o lobisomem medonho
os animais do bosque afastaria.
Chegados ao grande solar
e aberto o alçapão
eis o toupeira lobisomem
a tentar deitar-lhes a mão.
Amedrontados e aos gritos
saíram as doninhas pelas janelas
e entre gritos e urros
encalharam nos sentinelas
que no meio daquela confusão
se atiraram nervosos ao rio
deixando o solar ao alcance
e livre para a recuperação.
Como que por magia
a lua prateada brilhou
e sem ninguém ouvir
aproximou-se devagarinho do sapo
e um segredo lhe atirou.
Conta ainda esta história
que os arminhos, furões e as doninhas
se abraçaram ao sapo vaidosão
e toda noite a taça da amizade
rodopiou de mão em mão.
Descapotáveis? Vaidade?
Oh, não!
Neste magnifico solar
agora habita um sapo
que com as desventuras da vida
aprendeu a beleza da simplicidade.
Rita Carrapato
EB1 Av. Heróis do Ultramar
O VENTO NOS SALGUEIROS
Foi neste ponto da "viagem" que desafiei os meus alunos a imaginarem o final daquela belíssima história.
O sapo andava de um lado para o outro, dizendo ansioso “Vou ter a minha casinha de volta! O Solar do senhor sapo!”
O rato interrompendo a vaidade do sapo, disse-lhe:
- Se fosse a ti, não tinha grandes certezas.
E o sapo exaltado respondeu:
- Então porquê? Agora vês o futuro?
E com aquela confusão, o texugo acordou e disse:
- Se calhar, logo à noite, não vou conseguir trabalhar. Com os vossos berros não consegui descansar. Mas o que foi?
- Que achas que foi? Bem… foi o teu amiguinho rato, que está armado em génio. – respondeu o sapo à pergunta do texugo.
Entretanto, a noite aproximava-se pé ante pé e a escuridão avisava para eles se prepararem.
O toupeira sem ouvir nada, a não ser apenas o piu.... piu…piu… dos pássaros, bebia o seu chá preto, para logo à noite não se deixar dormir.
Meia noite batia no relógio “tic-tac…tic-tac…” e o sapo, alegre, começou a saltar e a cantar:
- Já é hora! Já é meia-noite! Já é hora! Vou ter o solar de volta!
E cada um pegou nas suas armas. Montaram-se no barco do rato, passando, depois, por uma ponte e sítios muito escuros.
De repente ouviu-se um “treee… treee…” e “ai!... ai!...ai!...” Era o barco a partir-se e eles a caírem dentro de água.
O sapo queixava-se dizendo:
- Eu vou morrer!.. Nisto, o toupeira ouviu uma coisa a chiar, era a porta da passagem secreta. Devagar, devagarinho, o texugo abriu a porta e ouviu as doninhas a cantarem e a rirem-se num riso assustador. Cada um, com a sua arma e com voz grosseira, disse:
- Mão no ar imediatamente!
E acrescentou o sapo:
- É melhor porem as mãos no ar! Olhem que somos perigosos!
- Mas… Mas… o que querem? Não temos nada de valioso! –disse a mãe doninha, com medo.
- Então o solar não é valioso? – perguntou o sapo irritado.
Com a névoa a cair, os arminhos e os furões espreitaram pela janela e começaram a fugir, enquanto as doninhas chamavam em vão por eles, que eram os únicos que estavam armados.
E foi assim que o sapo recuperou o seu solar.
Inês e Patrícia 4.º ano da Av. Heróis do Ultramar
Rita Carrapato
terça-feira, 8 de julho de 2008
DEDICADO ÀS PROFESSORAS
o que vale a pena saber:
o uso certo da língua
e as contas a valer,
os nomes dos continentes
o amor à poesia
e as cidades reluzentes
que animam a geografia.
Débora e Helena - EB1 Av. Heróis do Ultramar
Rita Carrapato
ESCURO É...
No início dos caminhos da poesia pedi aos meus alunos que voassem pelo ESCURO.
Escuro
é uma gota escura
que caiu
do meu coração.
João Marreiros
Escuro
é o sol sem luz.
Maria
Escuro
São dois olhos
chorando
de tristeza.
Inês
Escuro
é a solidão.
Ana
Escuro
é um pingo de escuro
ao anoitecer.
Daniela Geadas
Escuro
é uma noite
sem lua
e sem estrelas.
Marisa
Escuro
Por entre as chuvas
eu abri a escuridão.
Margarida
domingo, 6 de julho de 2008
A PARTIR DE UM TÍTULO - HISTÓRIA
Atchim!...Espirrou a noite muito constipada,
na sua cama feita de cristal e de pétalas de vento,
ouvindo chamar por ela. Era um
iman a chamar pela noite. Ele com
toda a sua força tirou-a da cama
e catrapum!... a noite caíu. Num abrir
e fechar de olhos, chegou cá a baixo. E
mesmo em cima de si estava o íman
que tremia de medo. Este precisava de
um livro para se acalmar. E de repente caíu uma
estrela que trazia num dos seus raios, um enorme livro que se
abriu em areias finas, acalmando o íman. A
noite, ao ver aquele livro, saltou para dentro dela e
oh!... ficou hipnotizada. O íman achou aquilo
interessante e resolveu
tirar partido disso. É que viu um cão
e teve uma ideia. Ia fazer falar a
noite como se fosse um cão a ladrar. De olhos fechados, ela começou
ão… ão… ão… O dálmata, ao
ouvir, soltou a sua língua e deu-lhe uma lambedela na
cara. A noite acordou na
hora certa, esfregou os olhos
e subiu ao céu, montada num dragão que
gostava de voar. Entretanto,
o dia vinha de regresso e deu
um abraço à noite, quando se cruzou com ela.
Trabalho colectivo feito a partir de "A noite em que a noite não chegou" de José Fanha
4.º ano EB1 Av. Heróis do Ultramar
Rita Carrapato
A NOITE MÁGICA - HISTÓRIAS
A produção de histórias fazem parte desses voos. A propósito de uma poesia lida, a Mariana vogou assim nas palavras, de mãos dadas com o fascínio que tem pela noite.
A lua estava cheia e a noite fria e todos os habitantes da aldeia estavam em casa muito agasalhados e ninguém saía para fora.
A Maria também estava dentro de casa a observar aquela magnífica lua que parecia rebentar. Ela adorava as noites de lua cheia e perguntava sempre à mãe:
-Mãe, achas que a lua vai rebentar e que vai encher a aldeia de estrelinhas brilhantes? Assim eu podia apanhar uma sem ninguém reparar e depois ficava com ela dava-lhe de comer, dava-lhe banho e podia brincar com ela. O que achas?
- Minha filha, a lua nunca vai rebentar e muito menos vai encher a aldeia de estrelinhas, ela pode ter ficado maior, mas depois vai diminuir. -disse a mãe à sua filha.
Maria ficou triste porque ela queria que a lua rebentasse e que depois deitasse estrelinhas para ela ficar com uma.
Mas depois, Maria pensou que se a lua rebentasse, ela e todo o mundo, ficariam sem lua e todos nós precisamos dela. Então, ela pensou noutra coisa e dirigiu-se para a cozinha e disse à mãe:
-Mãe, a lua é tão bonita, que era muito bom se eu fosse num balão e subisse até ela e lhe desse um beijo de boa noite. Achas que posso?
-Maria, a lua está muito alta e mesmo num balão não chegas lá. Mas podes dar-lhe um beijo nos teus sonhos. -disse a mãe.
Nessa mesma noite, a Maria sonhou que voava num balão, deu um beijo na lua e adormeceu no seu colo.
Mariana Bergano Raposo - 4.º ano - EB1 Av. Heróis do ULtramar
Rita Carrapato
sábado, 5 de julho de 2008
O SOL POESIA
como uma fantasia
e como duas rolas a cantar.
João Mataloto e Gonçalo Ribeiro
4.º ano EB1 Av. Heróis do Ultramar
Rita Carrapato
sexta-feira, 4 de julho de 2008
A NOITE
A noite é mágica
posso ver estrelas e o luar
posso ver o céu cheio de fantasia
e na noite posso sonhar.
Voar em cima de estrelas
e poder dar um beijo na lua
isso sim, seria o meu sonho
estar no meio da ternura.
Às vezes, a noite pode ser escura
sem cor, sem fantasia e sem magia
mas basta haver uma só estrela
para que o céu fique com mais alegria.
Mariana - 4.º ano da EB1 Av. Heróis do Ultramar
Rita Carrapato
quinta-feira, 3 de julho de 2008
BLOG QUE SE ESPREGUIÇOU TEMPO DE MAIS...
SE EU FOSSE... (II)
Se eu fosse um LUGAR
mandava as palavras embora
para se irem apaixonar.
Se eu fosse o AMOR
controlava o desejo
de namorar
e abraçava o desejo
de beijar.
Se eu fosse um LUGAR
só o meu amor lá entrava
só o meu amor lá cabia.
Se eu fosse um SONHO
poderia sonhar
largar um sonho
para depois sonhar.
Bem, sonhar
é imaginar um sonho a largar.
Perdi os meus sonhos
como os encontrar?
À procura, à procura
lá se vai a sonhar.
Se eu fosse uma COR,
uma cor do mar,
navegava nas ondas,
nas ondas do ar.
Se eu fosse uma COR
uma cor do Sol
aquecia uma casa
casa do caracol.
Se eu fosse uma COR
uma cor do ar
empurrava a estrelas
para o luar.
Se eu fosse uma FLOR
fazia rimar as outras flores
e cantava com elas.
Se eu fosse uma PALAVRA
seria a palavra noite
porque assim podia estar
perto das estrelas e da lua.
queria ser uma Margarida,
dá-la à minha mãe
e dizer-lhe
“Gosto muito de ti”.
Se eu fosse uma FLOR
queria pertencer
a um jardim cheio de rosas.
E n esse jardim estaria escrito
“Mãe há só uma”.
desejava dar vida
ao meu irmão
para poder abraçá-lo
e dizer-lhe que quando morreu
levou um bocado de mim,
da minha vida.
EB1 Av. Heróis do Ultramar
Rita Carrapato
quarta-feira, 2 de julho de 2008
CASCATA DE LIVROS LIDOS PELOS MAIS CRESCIDOS
PALAVRAS ESCOLHIDAS PELA CAROLINA
lençol vassoura ervilha rubi tudo ao contrário colchão princesa
Quando estava nervosa, ela pegava com delicadeza numa vassoura que fazia música quando a sua linda cabeleira dourada passava pelos objectos.
Um dia a princesa foi passear a uma aldeia do reino e encontrou uma banca de ervilhas, onde pediu ao mercador:
- Senhor mercador, posso provar uma ervilha? Parecem tão deliciosas!
- Claro que sim.
Então a princesa pegou numa, saboreou-a, adorou e pediu um quilograma de ervilhas. Ela sentia que aquelas ervilhas lhe iam dar alguma sorte.
À noite a princesa passou a pôr as ervilhas na sua mesa-de-cabeceira e, todos os dias de manhã, apareciam as suas flores preferidas. Ela adorava o cheiro das margaridas.
Foi assim que ela percebeu que as ervilhas eram mágicas e ela prometeu a si própria que nunca lhes iria fazer mal.
Carolina Martins - 4.º ano da EB1 Av. Heróis do Ultramar
Rita Carrapato