quarta-feira, 9 de julho de 2008

O VENTO NOS SALGUEIROS

Chegados ao penúltimo capítulo do magnífico livro O Vento nos Salgueiros, o Sapo, personagem muito fascinante, perde o seu magnífico solar (depois de muitas aventuras e desventuras), que é ocupado por um grupo de animais do bosque que...

Foi neste ponto da "viagem" que desafiei os meus alunos a imaginarem o final daquela belíssima história.


O sapo andava de um lado para o outro, dizendo ansioso “Vou ter a minha casinha de volta! O Solar do senhor sapo!”

O rato interrompendo a vaidade do sapo, disse-lhe:

- Se fosse a ti, não tinha grandes certezas.

E o sapo exaltado respondeu:

- Então porquê? Agora vês o futuro?

E com aquela confusão, o texugo acordou e disse:

- Se calhar, logo à noite, não vou conseguir trabalhar. Com os vossos berros não consegui descansar. Mas o que foi?

- Que achas que foi? Bem… foi o teu amiguinho rato, que está armado em génio. – respondeu o sapo à pergunta do texugo.

Entretanto, a noite aproximava-se pé ante pé e a escuridão avisava para eles se prepararem.

O toupeira sem ouvir nada, a não ser apenas o piu.... piu…piu… dos pássaros, bebia o seu chá preto, para logo à noite não se deixar dormir.

Meia noite batia no relógio “tic-tac…tic-tac…” e o sapo, alegre, começou a saltar e a cantar:

- Já é hora! Já é meia-noite! Já é hora! Vou ter o solar de volta!

E cada um pegou nas suas armas. Montaram-se no barco do rato, passando, depois, por uma ponte e sítios muito escuros.

De repente ouviu-se um “treee… treee…” e “ai!... ai!...ai!...” Era o barco a partir-se e eles a caírem dentro de água.

O sapo queixava-se dizendo:

- Eu vou morrer!.. Nisto, o toupeira ouviu uma coisa a chiar, era a porta da passagem secreta. Devagar, devagarinho, o texugo abriu a porta e ouviu as doninhas a cantarem e a rirem-se num riso assustador. Cada um, com a sua arma e com voz grosseira, disse:

- Mão no ar imediatamente!

E acrescentou o sapo:

- É melhor porem as mãos no ar! Olhem que somos perigosos!

- Mas… Mas… o que querem? Não temos nada de valioso! –disse a mãe doninha, com medo.

- Então o solar não é valioso? – perguntou o sapo irritado.

Com a névoa a cair, os arminhos e os furões espreitaram pela janela e começaram a fugir, enquanto as doninhas chamavam em vão por eles, que eram os únicos que estavam armados.

E foi assim que o sapo recuperou o seu solar.


Inês e Patrícia 4.º ano da Av. Heróis do Ultramar


Rita Carrapato


Sem comentários: