quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

NATAL

Rita Carrapato e Fátima Sarnadas

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

MAIS UM ENCONTRO


Outubro de 2008


Embora já separados, os nossos encontros continuam para matarmos saudades e continuarmos a engrossar o fio que nos une.

Beijinhos para todos e obrigada do fundo do coração, por mais este momento. Fiquei feliz por vos ter junto a mim.



Prof. Rita Carrapato

sábado, 15 de novembro de 2008

JANELA

Da janela vejo tudo

tudo o que me rodeia

um campo colorido

uma rosa a brotar.

Vejo o que a minha imaginação indica

e tudo o que sonho imaginar.


Inês Viegas e Daniela Geadas - 4.º ano EB1 Heróis do Ultramar

ano lectivo 2007-2008


Rita Carrapato

terça-feira, 28 de outubro de 2008

O ARDENTE DAS COISAS

O ardente do Sol
é a poesia a brilhar.
O ardente da lua
é tão claro que nem se vê.
O ardente das nuvens
é tão poético que as nuvens não resistem.
E o que é o ardente do céu?
O ardente do céu
é um beijo de gotas.

TERESA E JOÃO MATALOTO - 4.º ano EB1 Av. Heróis do Ultramar

ano lectivo 2007-2008


Prof. Rita Carrapato



sexta-feira, 10 de outubro de 2008

A VIDA

A vida é um sentimentode que o coração precisa

para falar com a sua alma.

A alma é uma coisa linda

que o coração

não consegue deter.

E eu tenho uma pessoa

que estará sempre

no meu coração

e na minha alma.

É a professora Rita Carrapato.


Patrícia Pateiro- 4.º ano da EB1 Av. Heróis do Ultramar

ano lectivo 2007-2008


Rita Carrapato

O QUE É A POESIA

A poesia é cantar

como um pássaro

voando no fundo do mar.

É a alegria

a tristeza

a amargura

é o silêncio das vozes

que ficam entre si.


Margarida Cordeiro - EB1 Av. Heróis do Ultramar - 4.º ano

ano lectivo 2007-2008



Rita Carrapato

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Novamente Paulo Afonso Ramos





Um blogue já com pouca vida no campo das publicações, quase a um passo de acabar, mas ainda a registar alguns sinais vitais. Hoje e ontem foram dias que voltaram a acender alguma chama aqui neste cantinho.
Paulo Afonso Ramos veio visitar as duas escolas envolvidas neste blogue. Trazia muita simpatia, muita disponibilidade e muito carinho.
Falou do seu novo livro, falou com os meninos e recebeu, de braços abertos, o que esses meninos tinham para lhe dar em troca.

Porque a loucura da escola não me deixa ainda em paz, participei nessa visita que o Paulo fez às duas escolas. Em nome pessoal, hoje apenas em nome pessoal, agradeço ao Paulo o carinho que pôs nestas visitas, as sementes que deixou e que, certamente, irão dar bons frutos, num futuro mais próximo ou mais afastado. Assim acredito.
Agradeço apenas em nome pessoal, porque os agradecimentos dos professores e alunos envolvidos, assim como a avaliação da visita, surgirá num novo blogue que está ainda em gestação. Surgirá em breve.
Quero ainda dizer que as palavras que troquei com o Paulo naquelas andanças, as palavras que ouvi e que já li nos seu novo livro me "obrigaram e vão obrigar" a alguns momentos de reflexão. Obrigada, Paulo.



Prof. Rita Carrapato

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

UM DIA MUITO DIFERENTE

Dia 9 de Setembro, um dia muito lindo, muito especial para mim. Um dia de grandes afectos e de grande emoção. Véspera do começo de uma nova caminhada, de uma nova escola, de um novo desabrochar. Adivinhava a ansiedade, a curiosidade e os medos dos alunos que ainda há pouco acabara de deixar.
A minha casa foi o ponto de encontro, depois de um convite que fiz aos meus alunos (melhor ex-alunos), para nos voltarmos a ver, a falar, a recordar, a brincar, para lancharmos, para nos aproximarmos ainda mais, para mais uma pequenita aventura fora dos muros da escola.
Este foi, de entre muitos que vivi com eles, um momento de grande doçura, de grande festa. Ficará para sempre num canto especial que tenho no coração para os momentos especiais.
Obrigada alunos (ainda gosto de assim dizer) e obrigada pais por me terem permitido tudo isto.
Deixo um registo fotográfico da alegria que vivemos.


Não faltaram os abraços, as mãozinhas no computador, as gargalhadas, os abraços e a ternura, uns pontapés na bola, o embalo na rede espreguiçadeira e na doçura da minha gata e, finalmente,
um lanchezinho.

Rita Carrapato

Programa para Évora para o Livro "Mínimos Instantes"


Programa para Évora para o Livro "Mínimos Instantes"

Dia 24 - (Setembro 2008)

14h – Escola E B 1 de Chafariz D’EL Rei – Rua São Brás Regedouro

17.45h – Livraria Nazareth & Filhos – (Praça do Giraldo, 46)

23h – Rádio Telefonia Alentejo – Programa: Na Escuridão da Noite
Este programa pode ser escutado em 103.2FM ou em http://www.rta.com.pt

Dia 25 - (Setembro 2008)

14h - Escola 1.º Ciclo Heróis do Ultramar - Avenida Heróis Ultramar

(postado com autorização de Paulo Afonso)

Fátima Sarnadas

domingo, 3 de agosto de 2008

PALAVRA, PALAVRA

A palavra morre todos os dias
por causa da terrível borracha
e renasce com o lápis
que tudo… tudo… escreve,
mas depois com a afia
acaba a vida do lápis.
A vida é assim…
morremos e renascemos.

ANA ALMEIDA e JOÃO MARREIROS
Eb1 Heróis do Ultramar

Rita Carrapato

terça-feira, 29 de julho de 2008

O MAR

O mar é sereno
e quando vêm aquelas tempestades enormes
ele fica nervoso
como um rei exaltado.
Mas… com a companhia da brisa
o mar acalma e dorme em paz.

Débora Gomes - 4.º ano da EB1 Heróis do Ultramar

Rita Carrapato

terça-feira, 22 de julho de 2008

AS ÚNICAS PALAVRAS

As únicas palavras
que se conseguem expressar
vindas do coração
por uma pessoa prestes a afundar
num navio cheio de gente,
são palavras magoadas
que ferem e carregam
com o peso das acções
e que às vezes magoam
alguns sentimentos.

Carolina Martins - 4.º ano - EB1 Heróis do Ultramar

Rita Carrapato

sábado, 19 de julho de 2008

CARTA - FIM DE ANO

Chegou o dia 20 de Junho. Último dia de aulas. Dia de mais uma das nossas festas. Alunos e familiares, eu e algumas amigas. Festa de despedida? Não! Não nos podemos despedir daquilo e daqueles que tanto nos prenderam.



Entrega de mensagens de agradecimento aos pais e colaboradores

Entrega de diplomas e fitas

A mais linda prenda que podia receber: um livro de mensagens dos meus alunos

Outra prenda com sabor especial (os meus alunos sabem porquê): um vaso com sementes de magnólia

A prenda mais engraçada: uma t'shirt assinada por todos

Contrariando a perspectiva deste blogue, publico a carta que escrevi aos meus amigos alunos, porque ela espelha, não o dia da festa (porque foi secundária), mas a festa que vivemos durante dois anos.


Évora, 18 de Junho de 2008

Queridos alunos,

Fui ao meu terraço e vi a Lua. Lembrei-me de vocês e comecei outra vez a sentir saudades do que ainda tenho e, por isso, resolvi escrever-vos uma carta, para vos contar ou recontar algumas coisas muito bonitas que me aconteceram por vos ter conhecido.
Começo por vos falar de uma manhã de Setembro de 2006. Nessa manhã, não foi a primeira vez que vos vi. Mas foi primeira vez que senti os vossos olhitos desconfiados e ansiosos a tentar adivinhar como seria eu, mais uma professora que ia entrar na vossa vida.
Esse dia de Setembro foi muito inquietante e muito estranho para mim. Não vos sei dizer exactamente quando começou a acalmar este mar de estranhezas. Sei que me foram conquistando e que vocês foram, aos poucos e poucos, habitando o meu coração que, muitas vezes, quase rebentou de tanto sorrir.
Nesta caminhada doce de dois anos, feita de tantos encontros e desencontros, de dias cinzentos e de dias muito coloridos, fui aprendendo muito com vocês. Fui aprendendo com a vossa sabedoria, com a vossa irreverência de crianças e com as experiências tão diferentes de cada um de vocês. E aos poucos e poucos, e de mãos dadas, senti que nos fomos ligando por fios de alegria, de amizade, de ternura, de afecto e de grande partilha.
Partilhámos muito da nossa vida, da vida fora da escola. Desta partilha aprendemos a conhecer-nos melhor. Aprendi a perceber as vossas tristezas e preocupações, as vossas alegrias e as vossas euforias. Alguns de vocês aprenderam a conhecer-me tão bem, que sabiam ler nos meus olhos o que estava a sentir. Sinto-me muito feliz de vos ter mimado com palavras, com beijos, com abraços e com a minha grande ternura.
E vocês mimaram-me ainda mais! Vão-me acompanhar sempre esses mimos: os abraços, os beijos, os olhares ternos, os desenhos, as mensagens, tudo “prendas” que não seria capaz de trocar por nada. Umas estão guardadinhas no meu coração, outras enchem uma caixa de sapatos. Sei que irei visitar essa caixa sempre que sentir saudades do vosso carinho.
Obrigada por serem cúmplices dos meus sonhos e dos meus voos. Em vocês fui, muitas vezes, buscar forças para apagar alguns cinzentos que teimaram em pintar a minha vida.
No campo dos afectos, que mais podia ter? Julgo que mais nada e por isso, fui e sou muito feliz como professora. Sou uma professora e uma pessoa com muito orgulho de vocês.
Espero ter correspondido às vossas expectativas, aos vossos desejos, aos vossos sonhos de criança. Por alguma coisa menos boa ou menos justa, peço-vos, outra vez, muitas desculpas.
Relembro que podem sempre contar comigo, hoje e amanhã, para os vossos momentos bons e para os menos bons, porque vão tê-los.
Deixo-vos o último conselho de amiga “Lutem sempre por aquilo que desejam, não deixem morrer os vossos sonhos, cresçam por caminhos de amizade e de lealdade”.
Felicidades e muitos beijinhos da professora que vos adora,

Rita Carrapato

ÁLBUM FOTOGRÁFICO

segunda-feira, 14 de julho de 2008

EU SOU A NOITE - POESIA

Eu sou a noite.
Digo para fecharem as persianas
e irem para as camas sonhar.



Cláudio Lourinho - 4.º ano da EB1 Heróis do Ultramar
Rita Carrapato


O AMOR É - POESIA

O amor é uma criança feliz

como um pássaro na natureza

feliz e contente

na Península Ibérica.


Eu sou feliz.

Com o amor

tiro as verdades do coração

e dou-as a todos.


Carolina Godinho 4.º ano da EB1 Heróis do Ultramar

Rita Carrapato

domingo, 13 de julho de 2008

HISTÓRIA - O RIO DO PEIXE VERMELHO


O rio do peixe vermelho

Era uma vez uma casa azul, muito bonita e nessa casa vivia um menino. Esse menino adorava o rio.
Um dia ele foi ao rio nadar. "Bog! Bog!" O menino viu bolhas na água e disse:
- Hum! Deve estar um peixe debaixo de mim!
O menino mergulhou tão fundo que encontrou uma casa feita de pedra. Ele olhou e entrou. O peixe que estava lá dentro disse:
- Bom dia menino! Queres brincar comigo?
- Sim! Adoro brincar com peixes. – disse ele entusiasmado.
O peixe levou o menino agarrado à sua cauda a todos os sítios do rio e perguntou:
- Estás a gostar?
- Sim! A adorar! – respondeu o menino.
Quando chegámos perto da minha casa perguntei-lhe:
- Como te chamas? E a tua espécie como se chama?
- O meu nome é Vermelhinho Aguarela Lindinho e a minha espécie é salmão! E tu, como te chamas?
- Eu, menino.
- Não tens nome, pois não?! – perguntou o peixe vermelho impressionado.
- Não, não tenho! – respondeu o menino.
- Não podemos ficar à espera. Amanhã de madrugada vamos ao poço mágico. – disse o peixe vermelho.
- O poço mágico? – perguntou o menino.
- Sim, o poço mágico.
- Mas o que é o poço mágico?
- Amanhã vais ver. - disse o Vermelhinho Aguarela Lindinho.
No outro dia, o menino foi para a margem onde o peixe já estava e perguntou-lhe:
- Como vamos lá chegar? E o peixe respondeu:
- Agarra-te à minha cauda.
Ele agarrou-se. O peixe era mágico e estalou as barbatanas e já estava lá. O peixe fez: “Bllrrl! Blrrrl Blrrl! Pé de cabra!” E perguntou à água do poço:
- Como se vai chamar o menino?
Na água apareceu o nome de João Manuel Almofada. O peixe deu-lhe um papel com o nome, leu e o menino disse:
- Ah! Que alívio! Tenho um nome.
- Vamos para a casa! – propôs Vermelhinho Aguarela Lindinho.
- Sim, vamos! – respondeu o menino que já tinha um nome e todo contente, lá foi para casa.
O João Manuel Almofada e o Vermelhinho Aguarela Lindinho nunca mais se separaram a vida inteira.


Margarida Cordeiro - 4.º ano da EB1 Av. Heróis do Ultramar

Rita Carrapato


sábado, 12 de julho de 2008

A MINHA RUA



4.º ano da EB1 Av. Heróis do Ultramar
Rita Carrapato

A FOLHA DAS APARÊNCIAS

O amor é uma arca do tesouro

é uma folha,

uma folha de amor,

uma folha de desejos,

de felicidade e de carinho.

Por vezes,

a morte das nossas queridas folhas

é um desejo perdido.

A mágoa de uma folha

é tudo na vida.

Por isso,

a morte

é um terror perdido no olhar da vida

vida para aqui, vida para ali…


Andreia 4.º ano da EB1 Av. Heróis do Ultramar


Rita Carrapato

quarta-feira, 9 de julho de 2008

O VENTO NOS SALGUEIROS

Porque me deixo envolver muito nestas viagens da leitura e da escrita atrevi-me a fazer o que tinha pedido aos meus alunos: imaginar um final para a história O Vento nos Salgueiros. Tropeçando aqui e ali, peguei nas ideias e nas palavras e...


Os animais do bosque
invasores do grande solar
ficaram muito desorientados
ao ouvir um tal plano
contado por aquele que mais não era
senão o toupeira disfarçado.

Não sabendo o que fazer
cada um gritava e opinava
sem o outro querer saber.
Armou-se a confusão
berrando cada um para seu lado:
“Ó doninhas, suas madraças!
Venham daí, senão caímos em desgraça!”.

Enquanto isto…

Rato, texugo, sapo e toupeira
armados até ao focinho
enfiaram-se no túnel secreto
e puseram-se a caminho.

Pela calada da noite
no meio do escuro ronceiro
espetaram as orelhas
quando um estranho ruído
lhe zumbiu de mansinho.

Prevendo logo o perigo
desmaiaram de susto
sem saberem que, afinal,
aquele monstro lobisomem
era o seu toupeira amigo.

Recuperados de tamanha aflição
logo o plano alteraram.
não haveria armas,
não haveria mortes
não haveria pancadaria
pois o lobisomem medonho
os animais do bosque afastaria.

Chegados ao grande solar
e aberto o alçapão
eis o toupeira lobisomem
a tentar deitar-lhes a mão.

Amedrontados e aos gritos
saíram as doninhas pelas janelas
e entre gritos e urros
encalharam nos sentinelas
que no meio daquela confusão
se atiraram nervosos ao rio
deixando o solar ao alcance
e livre para a recuperação.

Como que por magia
a lua prateada brilhou
e sem ninguém ouvir
aproximou-se devagarinho do sapo
e um segredo lhe atirou.

Conta ainda esta história
que os arminhos, furões e as doninhas
se abraçaram ao sapo vaidosão
e toda noite a taça da amizade
rodopiou de mão em mão.

Descapotáveis? Vaidade?
Oh, não!
Neste magnifico solar
agora habita um sapo
que com as desventuras da vida
aprendeu a beleza da simplicidade.


Rita Carrapato

EB1 Av. Heróis do Ultramar

O VENTO NOS SALGUEIROS

Chegados ao penúltimo capítulo do magnífico livro O Vento nos Salgueiros, o Sapo, personagem muito fascinante, perde o seu magnífico solar (depois de muitas aventuras e desventuras), que é ocupado por um grupo de animais do bosque que...

Foi neste ponto da "viagem" que desafiei os meus alunos a imaginarem o final daquela belíssima história.


O sapo andava de um lado para o outro, dizendo ansioso “Vou ter a minha casinha de volta! O Solar do senhor sapo!”

O rato interrompendo a vaidade do sapo, disse-lhe:

- Se fosse a ti, não tinha grandes certezas.

E o sapo exaltado respondeu:

- Então porquê? Agora vês o futuro?

E com aquela confusão, o texugo acordou e disse:

- Se calhar, logo à noite, não vou conseguir trabalhar. Com os vossos berros não consegui descansar. Mas o que foi?

- Que achas que foi? Bem… foi o teu amiguinho rato, que está armado em génio. – respondeu o sapo à pergunta do texugo.

Entretanto, a noite aproximava-se pé ante pé e a escuridão avisava para eles se prepararem.

O toupeira sem ouvir nada, a não ser apenas o piu.... piu…piu… dos pássaros, bebia o seu chá preto, para logo à noite não se deixar dormir.

Meia noite batia no relógio “tic-tac…tic-tac…” e o sapo, alegre, começou a saltar e a cantar:

- Já é hora! Já é meia-noite! Já é hora! Vou ter o solar de volta!

E cada um pegou nas suas armas. Montaram-se no barco do rato, passando, depois, por uma ponte e sítios muito escuros.

De repente ouviu-se um “treee… treee…” e “ai!... ai!...ai!...” Era o barco a partir-se e eles a caírem dentro de água.

O sapo queixava-se dizendo:

- Eu vou morrer!.. Nisto, o toupeira ouviu uma coisa a chiar, era a porta da passagem secreta. Devagar, devagarinho, o texugo abriu a porta e ouviu as doninhas a cantarem e a rirem-se num riso assustador. Cada um, com a sua arma e com voz grosseira, disse:

- Mão no ar imediatamente!

E acrescentou o sapo:

- É melhor porem as mãos no ar! Olhem que somos perigosos!

- Mas… Mas… o que querem? Não temos nada de valioso! –disse a mãe doninha, com medo.

- Então o solar não é valioso? – perguntou o sapo irritado.

Com a névoa a cair, os arminhos e os furões espreitaram pela janela e começaram a fugir, enquanto as doninhas chamavam em vão por eles, que eram os únicos que estavam armados.

E foi assim que o sapo recuperou o seu solar.


Inês e Patrícia 4.º ano da Av. Heróis do Ultramar


Rita Carrapato


terça-feira, 8 de julho de 2008

DEDICADO ÀS PROFESSORAS


Aos professores que ensinam
o que vale a pena saber:
o uso certo da língua
e as contas a valer,
os nomes dos continentes
o amor à poesia
e as cidades reluzentes
que animam a geografia.

Débora e Helena - EB1 Av. Heróis do Ultramar

Rita Carrapato


ESCURO É...

No início dos caminhos da poesia pedi aos meus alunos que voassem pelo ESCURO.


Escuro

é uma gota escura

que caiu dentro

do meu coração.

João Marreiros


Escuro

é o sol sem luz.

Maria


Escuro

São dois olhos

chorando

de tristeza.

Inês


Escuro

é a solidão.

Ana


Escuro

é um pingo de escuro

ao anoitecer.

Daniela Geadas


Escuro

é uma noite

sem lua

e sem estrelas.

Marisa


Escuro

Por entre as chuvas

eu abri a escuridão.

Margarida



4.º ano - EB1 Av. Heróis do Ultramar

Rita Carrapato

domingo, 6 de julho de 2008

A PARTIR DE UM TÍTULO - HISTÓRIA

Atchim!...Espirrou a noite muito constipada,

na sua cama feita de cristal e de pétalas de vento,
ouvindo chamar por ela. Era um
iman a chamar pela noite. Ele com
toda a sua força tirou-a da cama
e catrapum!... a noite caíu. Num abrir

e fechar de olhos, chegou cá a baixo. E
mesmo em cima de si estava o íman

que tremia de medo. Este precisava de
um livro para se acalmar. E de repente caíu uma
estrela que trazia num dos seus raios, um enorme livro que se

abriu em areias finas, acalmando o íman. A

noite, ao ver aquele livro, saltou para dentro dela e
oh!... ficou hipnotizada. O íman achou aquilo
interessante e resolveu
tirar partido disso. É que viu um cão
e teve uma ideia. Ia fazer falar a

noite como se fosse um cão a ladrar. De olhos fechados, ela começou
ão… ão… ão… O dálmata, ao
ouvir, soltou a sua língua e deu-lhe uma lambedela na

cara. A noite acordou na
hora certa, esfregou os olhos
e subiu ao céu, montada num dragão que
gostava de voar. Entretanto,
o dia vinha de regresso e deu
um abraço à noite, quando se cruzou com ela.

Trabalho colectivo feito a partir de "A noite em que a noite não chegou" de José Fanha
4.º ano EB1 Av. Heróis do Ultramar


Rita Carrapato